O surgimento da democracia
digital na América Latina
Guido Asencio
Contador Público y Auditor, Lic. en Cs. Contables, Magister Latinoamericano en Adm. Negocios MBA, Mg. (c) Cs. Sociales Mención Desarrollo de Prosesos Soc. Regionales, Magistrando en investigación, Magistrando en Cambio Climático. 5 Diplomados de especialización en políticas públicas, globalizacion y gestión estratégica. Académico de pre y postgrado con más de 100 publicaciones entre ellas los más portante 8 libros. Afiliaciones varias Universidades en Chile principal Universidad de Los Lagos. Premio internacional British Council elegido 100 líderes más importantes LATAM año 2010.
As chamadas Tecnologias de
Informação e Comunicação (TICs), ao longo do tempo, vêm introduzindo novas
formas de gestão em muitas entidades, assim como estilhaçaram a forma de
governo em muitos países. Nesse cenário, surgem conceitos como Democracia Digital
e Governo Digital, dois conceitos interligados que se relacionam a como
governos e cidadãos estão utilizando as TICs, como alternativa válida na
geração de novos e novos cidadãos, aqueles que seriam mais e melhores
informados, acessando novos conteúdos e conhecimentos que lhes permitem se
empoderar, enquanto mais informação lhes permite definir uma opinião mais clara
e definir as suas decisões no sentido de influenciar as decisões possíveis nas
diferentes instâncias do Estado.
A concepção de
uma nova sociedade civil alinha as tecnologias de informação com o crescente
descontentamento na cidade face ao declínio da opinião dos eleitos, dando lugar
à possibilidade de exercer uma maior vigilância e informar sobre o desempenho
dos diferentes atores e instituições políticas, como tem acontecido com os
acontecimentos mundiais recentes relacionados ao surgimento de slogans sociais,
políticos e culturais que abalaram o mundo inteiro nos últimos anos.
As transformações associadas
às tecnologias de informação que procuram a participação devem ser acompanhadas
de melhores sistemas informáticos de segurança, para dar as garantias
necessárias exigidas pelos cidadãos, visto que nos últimos anos, a par do
progresso tecnológico, têm sido frequentes a proliferação de diferentes fraudes
que afetaram instituições e governos mais estáveis, portanto, essa salvaguarda
deve acompanhar os avanços dos próprios sistemas tecnológicos.
Com esses parâmetros, é
necessário entender a democracia digital como uma etapa superior à
implementação da ideia de participação, onde o foco dos governos deve ser o de
aumentar os níveis de conectividade para que ela tenha um verdadeiro efeito no
uso massivo pelos cidadãos. trabalhar em conjunto com a indústria eletrónica
que presta esses serviços, implementando planos que atingem a grande maioria,
caso contrário seria mera intenção privilegiar quem tem acesso apenas em
virtude de ser regido pelas leis de mercado.
Se voltarmos nosso olhar para
a América Latina, em diferentes estudos ela tem sido conhecida como uma das
regiões mais desiguais em termos sociais, suportando o flagelo da pobreza por
muito tempo, porém, em termos de acessibilidade às tecnologias constitui o
terceiro maior mercado do mundo com alto índice de acesso à internet que supera
a média mundial.
Um dos fatores que mais
influenciaram o avanço de uma democracia digital é dado pelo surgimento dos
chamados “Governos Abertos”, tendência mundial surgida em 2011, onde os
governos se comprometem a estabelecer parâmetros que promovam aspectos como
transparência, multidireccionalidade, colaboração, aproximando os seus
objetivos de uma maior participação dos cidadãos nos processos de decisão
pública. Nessa linha, os países que incorporaram processos de participação
eletrônica que mais se destacaram na América Latina são Brasil, Colômbia,
México e Peru, de acordo com o estudo realizado pelo Centro WZB de Ciências
Sociais de Berlim em 2017.
Em suma, e como
se pode ver, na América Latina, como em tantos outros países, um dos grandes
flagelos se dá pelas grandes desigualdades relacionadas à capacidade de geração
de renda, portanto, uma democracia digital exige enfocar dois pontos
importantes, um que é refere-se aos cidadãos e está relacionado à melhoria das
taxas de alfabetização digital e dois ao estabelecimento de planos decisivos
para melhorar as taxas de conectividade para locais distantes dos centros
urbanos, todas as anteriores para dar sentido a uma democracia melhor.
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