Divulgado que o déficit primário (despesas totais menos os "juros" dos títulos menos a receita) da União chegou a R$ 111 bilhões em 2015, constata-se que o Governo emitiu mais moeda.
Todavia a moeda voltou para a sociedade, mas os índices demonstram que não ocorreu de maneira a distribuir a renda e reduzir a desigualdade social, pelo contrário.
Ao invés de estimular as pessoas a produzir e gastar, a moeda tem se desvalorizado, os preços aumentam.
Menor consumo, baixa produção e menor investimento marcaram 2015, mas os preços aumentaram, repito, e continuam assim.
Cria-se o eufemismo "formadores de preços" que, em síntese, corresponde a agentes econômicos que aumentam os preços, ainda que reduzam a quantidade vendida.
Uma manifestação do poder econômico para atrair o comprador e fazer com que pague mais. Em uma palavra, os setores em que existe pouca concorrência e que, possivelmente, combinam e controlam os preços que fixam.
Todavia a lei n. 12.529, de 30 de novembro de 2011, relativa ao Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, centralizou na Secretaria de Acompanhamento Econômico, órgão do Ministério da Fazenda a atribuição de elaborar estudos de avaliação da concorrência, extinguindo o Departamento de Defesa da Concorrência no Ministério da Justiça que havia sido criado pela lei n. 8.884, de 11 de junho de 1994.
Assim o Ministério da Fazenda passou a conduzir a política monetária, por intermédio do Banco Central, a política econômica, a política tributária, bem como, a filtrar por meio dos estudos de concorrência, as ações do sistema de de defesa de concorrência.
Aliás, coerente com a então "política de campeãs nacionais" que se buscou implantar e que se revela limitada pela crise fiscal.
Ocorre que a inflação requer uma ação nos setores oligopolizados (chamados "formadores de preços") e o sistema de concorrência, parece-me, desestruturou-se em virtude de serem retiradas as atribuições do Ministério da Justiça neste sentido.
Cabe à sociedade divulgar os aumentos de preços que lhe parecer abusivos.
Uma possibilidades práticas é fotografar e divulgar nas redes sociais os aumentos e estimular que se deixe de comprar produtos cujos preços foram aumentados de forma abusiva.
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ResponderExcluirCorremos o risco de, novamente, estarmos diante das remarcações diárias de preços nos supermercados e dos "fiscais do Sarney"
ResponderExcluirAcho q a Dilma pode tentar isso sim, tentando congelar os preços de alguns produtos, apelar a população, hostilizar os fornecedores de produtos como inimigos. Daí a minha proposta de se antecipar a isto e divulgar os aumentos
ResponderExcluirHostilizar os fornecedores de produtos? empresas milionárias possuem recursos para por meio da mídia reproduzir e moldar a frágil consciência de muitos brasileiros, acredito que a ação deve vir dos brasileiros por meio da união e o famoso "boicote", como fazer isso? deveria ter tido no passado uma reformulação do sistema educacional com no mínimo escola com período integral e as grandiosas ideia de Paulo Freire " questionar para aprender", hoje eu não vejo solução para a maioria dos problemas neste país a curto prazo.
Excluirminha hipótese: redes sociais podem facilitar isso. No meu facebook compartilhei um post sobre os ovos de Páscoa. Precisa ser um boicote
ExcluirÓtima iniciativa, vou divulgar e prestar mais atenção nos aumento dos produtos.
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